Em outra postagem aqui do Blog falei sobre a escolha dos 5 melhores discos de música cristã em 2016. Agora vamos observar uma amostra dos trabalhos que escolhemos.
Pra quem gosta de um som mais eletro/dance, ontem DJ PV liberou o lyric Vídeo da canção "Rei Davi", contando com a participação da Banda Som e Louvor que entoa uma pegada de Forró.
Lyric Vídeo - Rei Davi
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Alguns meses atrás DJ PV lançou outra bem interessante:
DJ PV - Eu Quero Ser (Lyric Video) ft. Leonardo Gonçalves
Trago mais uma análise, desta vez uma banda de punk rock. Um disco que chamou atenção pela pegada forte em musicalidade e letras. Foi publicado no Supergospel em 2011. _______________________ Destrua o controle (Banda Militantes, 2010).
Capa do CD da Banda Militantes - Destrua o controle (2010).
Prepare os seus tímpanos. Após cerca de 4 anos (esse número sobe para 6, se o critério for ineditismo) de seu último trabalho, a banda militantes, composta por Cleber (vocal e baixo), Kako (bateria), Fabinho (guitarra) e Fábio Custódio (guitarra e backing), vem com força total e descomunal em Destrua o controle.
O estilo Militantes é o punk rock, cujas músicas caracterizam-se basicamente pela simplicidade (poucos acordes, em geral), rapidez e veemência ao abordar os mais variados temas. Além disso, em termos ideológicos, propõe que o individuo seja sujeito ativo, independentemente da ação dos outros, o “faça você mesmo”.
Isso sem falar no visual descolado, onde usar uma jaqueta de couro é o mínimo. Dentro do punk, a Militantes está na vertente hardcore, ou seja, um som mais rápido ainda. A banda também garante ser a precursora do punk cristão no Brasil.
É bem provável que a maioria das pessoas ainda se assuste e fique com “o pé atrás” ao ouvir falar na palavra “punk”, e isso é conseqüência da violência e inúmeras brigas geradas pelas gangues punks (sobretudo nos anos 70 e 80) o que fez com que a mídia propagasse uma ideia negativa do movimento. Mas a opinião tende a mudar conforme tomem conhecimento de que o movimento busca a melhoria da sociedade, através da contestação do sistema, ás vezes, com algum exagero é verdade.
Mas voltando ao disco, Destrua o controle foi produzido entre os anos de 2008 e 2009, e lançado em 2010. Isto em duas etapas, primeiro de forma gratuita, o download esteve disponível no site da banda e cada um podia contribuir financeiramente com o valor que achasse conveniente, e depois, na segunda, o CD ganhou forma física. A produção do disco foi da banda, e a gravação ocorreu em São Paulo, no Estúdio 12.
São 13 faixas, distribuídas em 41 minutos. Devo dizer que este CD mostra-se bem diferente dos anteriores: Tudo Vai Mudar (2002) e Escute o que Digo e Faça como eu Faço (2004). Foi otimizado, as letras estão bem mais elaboradas, o instrumental mais pesado e o vocal mais firme e voraz. Realizei a experiência de mostrar algumas músicas desse disco a uma pessoa (conhecida minha), ela já escutara e conhecia as músicas “antigas” da banda, mesmo assim o resultado, após a audição, foi a indagação “que banda é essa?”, o que sinaliza alterações.
As quatro faixas iniciais do álbum mostram a objetividade do estilo, sua duração fica na casa dos 2 minutos. No início do texto sugeri uma preparação aos ouvintes, pois uma das marcas de Destrua o controle é o som de peso, e isso, do começo ao fim. Talvez, quem curte as canções mais leves da banda esteja meio insatisfeito, pois ele ausenta-se de baladas, entoadas com violão, no estilo de Beatlesom (2004).
Mídia da desgraça é a faixa que mais chama atenção. Uma ferrenha crítica aos desmandos dos veículos de comunicação que se ocupam de empurrar todos os seus imperativos desmandos “goela abaixo” das pessoas. Essa faixa soa como um hino dos insatisfeitos, de fácil refrão: “ranca da tomada, mídia da desgraça”.
Clipe da música Mídia da Desgraça do álbum "Destrua o Controle" de 2010.
Filmado na cidade de mogi das Cruzes, Grande SP em Agosto de 2010
A sonoridade dessa faixa chega a lembrar a música “Felizes são os peixes” (faixa 10, do disco "Titanomaquia" de 1993) da banda Titãs, esta em sua fase punk. Sobretudo a arrancada para o solo de guitarra e a conclusão. Contudo, os riffs de guitarra são diferentes. No trabalho também vemos a saída dos “yeah! yeah! yeah!” e em seu lugar um vocal mais potente, curtos gritos (que transmitem intensidade) e até um “Hahahaha!”, mas este, um riso bem irônico e até debochado – ainda na mesma faixa.
Na música Sujeira no Senado, temos um sacode na politicagem. Na guitarra belos riffs e para coroar esse petardo, seus vinte segundos finais são dedicados a execução de “o Guarani”, ópera da autoria de Antônio Carlos Gomes, altamente difundida, e por muitas vezes de forma errônea, atribuída a Heitor Villa-Lobos. Acredito, que da ópera todos conheçam pelos menos um trechinho, sua introdução é o tema de “A voz do Brasil”, aquele programa que o apresentador inicia dizendo “em Brasília...19:00 horas!”.
Em algumas canções são utilizados pedais para produzir interessantes efeitos sonoros. Os melhores deles estão em Programado, presentes desde o inicio da faixa, na base da música e vão ficando mais intensos. Ao fim um mega efeito – vale curtir.
A faixa Não adianta insistir conta com a participação de Clemente Nascimento, que também assina na co-produção e direção artística do CD. Ele é vocalista e guitarrista das bandas Inocentes e Plebe Rude. Trata-se de um respaldo e tanto, ainda mais porque Clemente participou de algumas das primeiras bandas punk no Brasil, lá pelo início da década de 80.
Mas como criticar parece ser mais fácil, é importante também propor solução. É o que se percebe em Mudança brusca. “A verdade é contundente, transforma o corpo, alma e mente, mas é preciso acreditar (...) mudança brusca e violenta nas coisas do mundo”, diz a letra.
A conclusão do disco vem com E o Próximo e Neandertal, que abordam o comportamento individualista e finalizam o trabalho em tom bem-humorado de modo sutil, bem diferente de “cabra safado” (2004), por exemplo.
Não tenho dúvidas que até o momento, este é o trabalho mais consistente da Militantes. Mostra-se uniforme e coerente, uma vez que mantém a linha do início ao fim. Essa postura me parece ser a ideal e de certa maneira a banda acaba fazendo jus aos nomes das bandas que os integrantes participaram, antes de criarem a Militantes: a Advertência e a Protestantes.
A mensagem que fica é a sugestão de protestar, “destruir o controle do pai da mentira”, além de um “não” ao lixo midiático. Destrua o controle é boa pedida pra quem gosta de boas criticas e um som mais pesado. Punk Rock de primeira categoria.
Como de costume a reta final de cada ano é hora das famosas retrospectivas, ou também as listas "the best of". No site Supergospel vários profissionais da área musical elencaram cada qual 5 CDs que consideraram os melhores do ano de 2016.
Essas foram minhas escolhas:
Capa do álbum "Diálogo número um" lançado pelo selo LG7, com distribuição da Sony Music Brasil. O mais escolhido na pesquisa de opinião.
Gleison Gomes
Super Gospel
1. Aurora Me Raiou (Carlinhos Veiga) 2. Diálogo Número Um (Estêvão Queiroga) 3. Lugar de Origem (Jeferson Pillar) 4. Como Diz o Outro (Crombie) 5. Fôlego (Ao Cubo) ________________________ Veja o ranking dos mais selecionados: 1 - Diálogo Número Um (Estêvão Queiroga) - 75 votos
2 - Ninguém Explica Deus (Clovis Pinho) - 30 votos
Esta reta final de ano nos traz coisas interessantes.
Kivitz mandando um som maneiro. A faixa "O Último Cristão" pertence ao EP "Casa ≠ Lar". Reflexão boa.
Vamos às rimas. Mais uma música de Lito Atalaia.
Participações especiais de Kivitz, Moah, Estratagema de Deus e Vozes Urbanas.
Na produção DjMaxNosBeatz.
Nesta época do ano são comuns as canções natalinas.
A melhor coisa que saiu na rodada deste ano vem lá da América do Norte - vem de Tobymac, uma música que foge do lugar comum em relação a estilo e nos brinda com uma bela animação.
Bom, eu já escrevi algumas análise de cd's, como forma de mostrar o que penso sobre determinadas obras. Algumas publiquei em sites como Supergospel, onde vez por outra colaboro. Vou trazer esta análise que foi a rede (para não dizer ao ar) no ano de 2010 a propósito do excelente disco da Banda Resgate.
Let's Go!
**************** Ainda não é o último (Banda Resgate - 2010)
Capa do CD - Ainda não é o último (2010)
Talvez poucos imaginariam que, ao ver aqueles caras cabeludos tocando
guitarra em praça pública e que na época se chamavam “Contato da Igreja”
chegariam tão longe.
Entre fatos inusitados, relembro aqui o dia em que tocavam e que, ao
acabarem a apresentação perguntaram aos observadores, transeuntes
escutantes do seu som, se eles queriam bis, e ao invés do replay musical
jogaram para eles o Bis (só que o chocolate da Lacta).
Ou ainda quando aproveitaram a “grana” da rescisão contratual de um
dos integrantes para gravar o primeiro disco LP, este vendido de mão em
mão.
Pois é, essa é desde 1989, a Banda Resgate, atualmente formada por
Zé Bruno (guitarra e vocal), Hamilton Gomes (guitarra) Jorge Bruno
(bateria) e Marcelo Bassa (baixo).
Agora em 2010 , eles ressurgem de gravadora nova, a Sony Music – selo gospel, com o disco intitulado Ainda não é o último.
O repertório é composto por 12 músicas, ou melhor, quase 39 minutos de excelentes e buenas musics.
Abrindo o desfile temos A hora do Brasil. Nesta canção, a
turma do resgate critica o pessoal que antes, estava na trincheira, como
coitados, mas agora estão na vez e são os criadores da “ditadura
atual”. Há um desabafo quanto as pessoas que produzem a maldade, mas os
caras não desanimam, gritam e profetizam “eu sei que eu vou viver, um
dia eu hei de ver, o meu país aos teus pés Deus! Destaque para a
excelente a idéia de usar o seminário recitando o jogral.
A seguir temos Depois de tudo, que inclusive foi liberada em
vídeo. O hino nos fala de que mesmo quando estamos nas intempéries e
dificuldades não há motivos para desistir, e que é possível “atravessar o
deserto e depois de tudo, ainda crer na promessa!”. E viver como se
estivéssemos às vésperas da volta do Senhor.
A terceira música chama-se Outra vez. Versa sobre as marés
que enfrentamos nessa vida, mas com a esperança de que “amanhã vou
despertar, e aqui no coração tudo em paz, vou me levantar outra vez” e
“se eles querem perturbar o meu descanso, eu não vou largar o meu
colchão”. É isso mesmo Deus é o nosso colchão!.
A música de número quatro, intitulada Genérica, traz a dúvida
sobre as pessoas e quem realmente são. “Quem é você? Só Deus pra saber,
volta pra vida e aterrissa pra gente te ver”. Possui uma temática que
lembra a música Lucifeia.
Neófito (que significa novato) fala da experiência de se
encontrar com Jesus, “comecei por um dia e nunca mais eu vou parar, fui
do inferno ao céu e não quero mais voltar”.
Comece a ouvir a music six, chamada Jack, Joe and Nancyin the mall,
não se contenha e abra aquele sorriso! (foi o que eu fiz). Eles cantam
numa espécie de “portuglês” (ou seja,uma versão do que seria algum
cidadão inglês falando o português com um forte sotaque) alertando dos
perigos das drogas e de viver sem temor a Deus, assim “Achord hot at
you, See league a man as sound, Tone town, Throw shown, Tap pass undo
Mall? Tag guest undo to do Nancy pop (escute-se, mas não leia-se: acorda
otário, se liga manezão, tontão, frouxão, tá passando mal? Tá gastando
tudo nesse pó).
Na sequência vem Vesúvio, e quem conhece um pouco de história
há de se lembrar que este é o nome daquele vulcão que entrou em
erupção, por volta do ano 76, numas cidades romanas, e numa destas,
chamada Pompéia, matou muitas pessoas. Assim sendo o Resgate faz a
devida metáfora apocalíptica “últimos dias de Pompéia sobe a
temperatura, o inferno acorda os seus vulcões”, mas como está preparado
diz “e eu não vou me queimar abriram os sete selos, mil anos vou reinar,
depois o meu descanso vem”.
A faixa oito é a belíssima e tranquila Tudo certo. Traz uma
baita dose de ânimo, um reforço para que cada vez nos acheguemos a Deus e
com isso estejamos sempre consolados pois “quanto mais te sigo de
perto, mais tranquilo eu vou, tudo certo!. Nessa faixa o refrão é
reforçado em inglês.
Prosseguindo tem a música Transformers, mais uma carregada de
comicidade. Versa sobre Deus por trás de todas as coisas, afinal “se
Elias foi abduzido, qual era a nave espacial? Foi Deus!!!!.
Hablas español? No? Sí? más o menos?. Não faz diferença, você aprende na música dez, Una vuelta más.
Imagine que sua vida é um planeta girando em torno do sol e que
enquanto Jesus não vem te buscar você queira viver mais ainda, e peça
assim “da una vuelta más, solamente una vuelta”.
Na penúltima música do disco, A terapia, Deus é o psicólogo.
Isso mesmo você vai se consultar na “terapia de Deus”, e vai dizer assim
“quero me entregar em tua terapia, no teu reino enlouquecer, uma
amostra grátis já me bastaria, vou pra essa consulta sem meu relógio,
mas conto as horas pra te encontrar”.
Fechando o disco temos Vou me lembrar, que é a faixa de maior
duração. Podemos dizer que é um convite à reflexão, a manter na memória
o que o Senhor fez, faz e fará em nossas vidas e “eu vou me lembrar, de
não esquecer, de tudo que eu fiz e sempre acreditar, que o que me
faltar, Deus já me deu e pelo que eu vivi, sempre glorifica-lo, eu vou me
lembrar que mesmo assim eu nada sou e sempre acreditar que quando eu
morrer eu vou viver, rir sem parar, pra sempre glorificar o meu Deus!
Sempre que duvidam que o Resgate vai prosseguir, eles mesmo, já
“barrigudos” (como se auto intitulam na canção “A gente”) mandam a
resposta e continuam de pé até envelhecerem.
E quando temos a oportunidade de ouvir esse som genial se reinventando, só pedimos mesmo: Que não seja o último!
************* por Gleison Gomes link: veja no Supergospel
A primeira vez que ouvi essa canção gamei de imediato.
Esses caras falam das coisas da vida de forma tão simples, sutil, leve.
Uma letra atualíssima.
(...)"Hoje vou ouvir as pessoas
Hoje eu volto a sorrir
Hoje quero a paz mais discreta
Aquela paz de orar e dormir
Hoje não brigar por tolices
Hoje praticar o perdão
Hoje nada de Facebook
Hoje mais água no feijão"(...)
O Cantor PG anunciou o seu mais novo projeto: lançar um CD "Acústico" para o ano de 2017.
Dia 23 deste mês ele liberou o Clipe Session de Natal com a participação de sua Filha Hadassa.
Os dois entoam cover da música Amazing Grace, de John Newton.