domingo, 26 de fevereiro de 2017

Vídeo: Jefferson Pillar - Lugar de origem


Essa música (e disco) foi uma das melhores coisas da cena musical cristã em 2016. Trago o vídeo desta bela canção.


Chegou o Carnaval - Apocalipse 16, uma reflexão sobre a data


A parte final do mês de fevereiro sempre promove a festa nacional brasileira mais conhecida mundo a fora: o carnaval.
O grupo de Rap Apocalipse 16 liderado por Pregador Luo trouxe em 1998, através da faixa Chegou o carnaval do álbum Arrependa-se, uma enfática crítica sobre tudo que se faz nesse período: exacerbação dos prazeres carnais, violência e um divertimento passageiro e ilusório. 
O grupo em seu auge, utilizou-se de dados estatísticos para um questionamento que continua atual.


sábado, 25 de fevereiro de 2017

História: Memórias de atitude e solidariedade

Ufa! Está aí uma matéria que deu trabalho, pense! Mas o resultado foi muito legal, afinal está aí a função do historiador: relembrar o que as pessoas querem esquecer.

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Hora de viajar. E essa máquina memorial do tempo nos leva agora a 23 anos atrás, 1993. No inicio dos anos 1990, o Brasil não tinha internet, havia acabado de se libertar da ditadura militar e devagar, engatinhava e dava seus primeiros passos na democracia. Conseguimos a Constituição em 1988, voltamos a escolher o presidente via eleições diretas em 1989, com a vitória de Collor e seu posterior processo de impeachment por escândalos políticos.
Se, atualmente, muitas pessoas padecem por necessidades econômicas e sociais, naquela época, com a estrutura de nosso país, era pior. Mas é nesse momento que algumas vozes propondo mudanças começam a ecoar. Uma delas foi a do sociólogo Herbert de Sousa, mais conhecido como ‘Betinho’. Em fevereiro de 1993, o Partido dos Trabalhadores (PT) entrega ao presidente da República, Itamar Franco, uma proposta de Política Nacional de Segurança Alimentar.
Pouco tempo depois, Herbert de Sousa entrega ao presidente um estudo (chamado de Mapa da Fome) o qual mostra que cerca de 32 milhões de pessoas passavam fome em nosso país. Betinho torna-se presidente da Comissão Especial de Combate à Fome, criada pelo Governo Federal. Estava lançada a Campanha Nacional de Combate à Fome e à Miséria. A Igreja Cristã e o universo musical evangélico também abraçariam a causa.
Herbert de Sousa tinha elo com o então pastor Caio Fábio. Segundo Caio, neste período, os meios de comunicação deram um grande apoio à campanha, mas não havia iniciativas efetivas. Houve uma reunião entre Herbert e Caio, e aquele pede um “punch”, um empurrão ao projeto, ajuda para fazer a campanha acontecer. Seria trabalho conjunto. Caio Fábio convoca a comunidade evangélica por todo o Brasil e esta atende prontamente. Houve um engajamento jamais visto.
A Associação Evangélica Brasileira e a Visão Nacional de Evangelização (Vinde), criada por Caio, tiveram participação fundamental. A Vinde, que havia sido criada no Rio de Janeiro em 1978, realizava muitos congressos e cruzadas evangelísticas por todo o Brasil e conseguiu construir um dos maiores complexos assistenciais da América Latina, A Fábrica de Esperança. E é por meio dela que, no contexto da época, no ano de 1993, é produzido o álbum Atitude e Solidariedade.  A obra foi distribuída pelo selo da gravadora Gospel Records.
Engajamento
Já na capa do disco, temos  imagens de feijão, milho, outros grãos e frutas  a proposta direta do trabalho: a preocupação com as necessidades de alimentação imediata da população carente. As canções justamente sobre essas necessidades de sobrevivência do ser humano, a preocupação com a dignidade da pessoa que não se resume apenas ao plano espiritual. E é nisto que a obra chama atenção, pelo engajamento.
Outro grande destaque do disco consta na participação de vários nomes da música cristã, mesmo pertencentes a gravadoras diferentes. Entre nomes, estão os de Carlinhos Veiga, Ademar de Campos, Jorge Camargo, Brother Simion, Luciano Manga (Oficina G3), Quarteto Vida, Natan Brito (Banda & Voz), Carlinhos Felix, Asaph Borba, Zé Bruno (Resgate), Lília Franco, Cristina Mel, Complexo J, João Marcos, Cristiane Carvalho, Ébano, dentre outros.
Segundo Carlinhos Veiga, recebeu um convite da Vinde para ir ao Rio participar da gravação da música e do clipe. "Fizemos tudo num dia só. Pela manhã gravamos as vozes e algumas cenas num estúdio de gravação no Rio (se não me engano, no estúdio da Line Records – próximo da Candelária), depois, à tarde, gravamos cenas complementares do vídeo no estúdio de TV da Vinde, em Niterói. Eu liderava, na época, a banda Expresso Luz e fui representando o grupo. Vez por outra éramos convidados a participar de eventos da Vinde, como congressos (especialmente de jovens), cruzadas evangelísticas etc. Tínhamos um bom relacionamento com a missão", afirmou o cantor e compositor.
De acordo com Caio Fábio, naquela época não havia uma preocupação com a monetização acima da satisfação com a participação na obra. Ainda segundo ele, logo que convidou os cantores ao projeto, todos atendiam de bom grado e não cobraram nenhum cachê. Assim, contata-se que o projeto Atitude e Solidariedade foi mesmo diferente.
Repertório
Outro que vivenciou a época foi Carlinhos Felix, na época ex-integrante do Rebanhão. “Pra mim, participar foi muito bom. Acho que em qualquer lugar que me colocasse, em qualquer pedaço de música, qualquer trecho, eu ia ficar muito feliz. A participação foi muito confortável pra cantar, foi muito boa. Não só fiz a participação de um trecho, como também fiz parte do vocal. E também cantando junto com todo mundo, foi muito jóia mesmo!”.
Carlinhos ainda complementa ao falar da importância das músicas em seu repertório musical. Para ele, a experiência foi maravilhosa. “Porque a gente cantou lá o que a gente gostava de cantar. Então eu saí cantando as músicas em outros projetos meus e coloquei em meu repertório com muita alegria, porque é muito bom quando a gente participa de um projeto assim, e a gente faz o que gosta e as músicas são agradáveis, e tem mensagem e dá fruto. Muito Joia”, afirmou Carlinhos.
Com relação às canções, destaca-se a faixa-título do vinil. "Atitude e Solidariedade" tem a letra de Caio Fábio e música de Josué Rodrigues. Ganhou um videoclipe e seu alcance foi nacional, sendo executado inclusive na Rede Globo de Televisão. Guardadas as devidas proporções, o videoclipe foi a nossa "We Are the World".
Sobre a época, o vocalista Zé Bruno, da banda Resgate, afirmou que no período do final da década de 1980, existia um clima juvenil e romântico entre as bandas. "Desabrochava um misto de comportamento e missão, um pouco diferente do movimento de hoje. Tenho boas recordações daquele tempo. Na época a gravadora com a qual trabalhávamos nos fez o convite, ficamos felizes de participar.  A Vinde era uma referência no trabalho social e tudo se alinhava com nosso jeito de fazer a coisa”, afirmou o cantor.
Chama atenção no projeto, também, a faixa “Fé e Obras”. Para essa canção, nos vocais, cantaram três notórios nomes do rock cristão: Zé Bruno (Resgate), Brother Simion (Katsbarnea) e Luciano Manga (Oficina G3). Uma música de destaque, seja pela letra questionadora ,“Fé sem obras é morta!”, quanto a sonoridade rock que fecha o lado B do disco. "Toda segunda feira tocávamos juntos. As bandas se revezavam, não foi algo inédito, já acontecia. Acho que a ideia, seja de quem foi, deve ter sido pela amizade que tínhamos, era muito legal. Gravamos no estúdio do Rick Bonadio. As três bandas já tinham feito discos lá. Ele mesmo produziu a faixa. Se eu não me engano foi o Jorge (Resgate) na batera, o Jadão (Katsbarnea) no baixo, o Giovani (Katsbarnea) no teclado e eu na guitarra. Depois colocamos as vozes”, relembrou Zé Bruno.
Vanguarda
Por tudo que representou, Atitude e Solidariedade foi um disco muito importante na história da música cristã. Não obstante, nos faz refletir sobre a quase inexistência, em nossos dias, de ações de cunho semelhante, o de ajudar o próximo em suas necessidades em todos os planos. Carlinhos Veiga, questionado sobre o porquê da falta de ações conjuntas entre os artistas da música voltadas ao amparo do próximo, numerou duas razões.
Uma das razões, segundo o cantor, seria as divisões que surgiram na música cristã brasileira."Nos anos 80 e 90 os artistas tinham mais coisas em comum. Naquela altura o movimento gospel ainda não tinha alcançado todo o seu vigor. Nem utilizávamos essa nomenclatura. Quando surge o movimento gospel, alguns artistas cristãos não se viram dentro dele, por conta das especificações que o próprio movimento continha. Criou-se uma distinção, pelo menos na cabeça dos artistas, sobre o que era gospel e o que não era gospel. Quem trabalhava com música brasileira não se entendia gospel. Gospel era vista como o pop/rock e coisas do gênero", argumentou Veiga.
O segundo motivo, segundo Carlinhos, é uma consequência do primeiro. "Desde então não vimos mais movimentos como a Vinde que aglomerava artistas e que financiava projetos como esse. Algumas iniciativas semelhantes surgiram nas gravadoras gospel, mas a finalidade era puramente comercial e não evangelística/missionária, como a feita pela Vinde”, concluiu o artista. Assim, foram bons e saudosos tempos para a música cristã. E nas memórias, um disco cheio de historicidade e relevância social.

Análise de CD - Tanlan (ACALMANOCAOS - 2016)


Mais uma analise de CD. Trabalho lançado no finalzinho de 2016 e foi um dos melhores do ano. Também foi publicada lá no Supergospel.
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O poeta romano Ovídio desenvolveu ao longo de sua obra Metamorfoses a ideia de que o caos relaciona-se como desequilíbrio e a desordem. A partir de então, em sentido mitológico, Caos passou a ser reconhecido como o deus da desordem. 

Graças a ele, numa linguagem e contexto atual, Caos significa desordem, confusão e tudo aquilo que está em desequilíbrio. Em casos assim, o mais comum é que as pessoas tenham medo e acabem agindo por impulso ou sem as devidas análises de situação. Logo vem o desespero. Acalmar-se em meio ao caos é, portanto, um paradoxo interessante. 

A banda Tanlan aborda essa temática para seu terceiro disco de inéditas. O título da obra atual, composto por justaposição e em letras maiúsculas, é ACALMANOCAOS. Desta vez, são onze faixas, quarenta e nove minutos de um trabalho bem diferente da primeira produção da banda (Tudo o que eu queria - 2008) e a meu ver não chega a romper totalmente com o segundo (Um dia a mais - 2012), embora acabe por superá-lo em qualidade e mostra que há fôlego para coisas maiores. 

Uma banda que em seu inicio de carreira traz um trabalho muito bom (Tudo o que eu queria) provoca duas coisas antagônicas. A primeira positiva, um cartão de visitas e abertura de portas para prosseguimento de outros projetos. A outra gera uma enorme responsabilidade, no quesito manutenção e/ou superação do que se fez anteriormente. O disco do momento, lançado no fim de dezembro de 2016, coloca o requisito nos eixos. 



Dois anos de produção resultaram realmente no CD mais pop rock do grupo, o segundo trabalho com o selo Sony Music. A abordagem amadureceu, a crítica social está presente de forma mais direta, como na faixa Sobre o Ódio e a Razão, em que se tem, digamos, a mais incisiva do álbum, destacável com a presença das rimas contundentes do rapper Kivitz. Encontramos ainda alguns temas como comportamento social (Eles Dizem), amor (A Maior AventuraO Que Vai Ficar). Epifania é a mais intimista e tende ser o hit do trabalho. Em relação à sonoridade instrumental existe bons riffs, mas (talvez até por propósito do grupo) não há de se encontrar aquele estrondoso solo de guitarra. Nada que atrapalhe o andamento da obra. Por todo, o disco o baixo aparece suave, mas não é protagonista. Uso de instrumentos de sopro em determinados momentos, como no single O Que Vai Ficar, denotam boa variedade. 



Em Mais que um Palpite os backing vocals aumentam o tom emocional da balada. O flerte com o rock alternativo e diversificado da Switchfoot e o post-grunge à lá Foo Fighters continua notório. 
A meu ver, no geral, na discografia da banda, Acalmanocaos agrega valor. Revela avanço sonoro do grupo. Destaque-se ainda a bela capa, sugestiva, poética e que faz pensar. Há uma fuga do lugar comum em que temos na maioria dos trabalhos do mainstream, o qual colocam apenas a famigerada foto do artista em uma pose ou outra, trata-se de um brinde ao bom gosto e a criatividade. 

sábado, 4 de fevereiro de 2017

Vídeo: Quanto Amor - Netto ft. Paulo César Baruk

Netto postou: Feliz em lançar o primeiro vídeo de 2017 em família. Espero demais que vocês gostem!

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Olhar de longe - Paulo Nazareth e Marcos Almeida [Clipe oficial]

Paulo Nazareth e Marcos Almeida
Foi lançado o clipe oficial da canção "Olhar de longe", escrito e dirigido por Matheus Àvila.
A faixa faz parte do projeto que une Paulo Nazareth (Crombie) e Marcos Almeida, no O Liturgista e o Trovador.


No seu espaço na rede, o Nossa Brasilidade,  Marcos Almeida já escreveu  sobre a proposta do Projeto:

“Isso e aquilo” não é o mesmo que “isso ou aquilo”. A segunda ideia é oposição, uma múltipla escolha, a primeira é somatória, é ampliação: “isso e aquilo” revela a capacidade que temos para distinguir as coisas e mesmo assim mantê-las integradas.
Gosto de distinguir as coisas no sentido de discernir, não de isolar. Porque, embora distintas, todas as coisas estarão sempre conectadas. Isso com aquilo e aquilo com isso.Todos objetos que vemos de alguma forma tocam o mesmo chão da vida, se encontrando em algum ponto: a unidade só é possível por que existe comunhão: isso e aquilo, aquilo com isso, a diversidade se abraçando.
Mas, pode um trovador, cancionista e poeta abraçar um liturgista, pastor e conselheiro? O primeiro é da rua, dos palcos e janelas. O segundo ama as capelas, o púlpito e os vitrais. Um pensa a música como vértice poético comunitário, o outro horizontaliza os versos para tocar pessoas. O Trovador é só e o Liturgista… também é. Um se realiza no festejo da rua, o outro na confraria do templo. Deixam de ser sós quando alguém os ouve. Deixam de ser repartidos quando a rua recebe os irmãos do templo e quando o templo recebe os foliões da rua. Quando o Trovador descobre os vitrais e o Liturgista escancara as suas próprias janelas.

Trata-se da busca de romper os limites, abraçando o diferente, sem acepção. Ao outro, deixa-se apenas o vinde sem reservas.

sábado, 28 de janeiro de 2017

Novidade: Lançamento Katsbarnea


Em sua rede social, a Banda de Rock Katsbarnea anunciou para o próximo dia 31 o lançamento de uma nova canção: A carne e o Sangue. Vamos aguardar, por enquanto temos o teaser.


Dove Awards 47 - Premiados nas categoria de vídeo

Assim como o Grammy, O Dove Awards premia os melhores do ano - neste caso de música cristã. Em 2016 chegamos a edição número 47.
Em relação a categoria 42, o videoclipe do ano tivemos como vencedor a banda The Afters com o vídeo da canção Live On Forever. 


Na categoria dvd o prêmio foi para a dupla Joey+Rory e seu Hymns That Are Important to Us. Veja só uma amostra desta dupla.


Outra premiação relacionada a categoria filme do ano, sendo contemplada a produção dos irmãos Kendrick: Quarto de Guerra.

 

Clássico: Video da Banda Quatro Por Um - Cinco Pães E Dois Peixinhos

Como o tempo voa. O grupo Quatro por Um (de Marcus Salles, Emerson pinheiro, Duda Andrade e Valmir Bessa) alçava os primeiros voos em 2002-2003 e trazia aquele que possivelmente é o seu maior hit. Relembre esse momento.


Vídeoclipe: TobyMac - Love Broke Thru

Umas das canções mais vigorosas do recente trabalho de Tobymac, Love Broke Thru ganha videoclipe.


Vídeo: TobyMac - Eye On It (Live) ft. Britt Nicole


Tobymac e Britt Nicole numa performance ao vivo e executando a canção título de um dos álbuns do cantor: Eye on it.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Vídeo: Depois da Cruz - Aline Barros


O ano de 2017 já começou a nos mostrar novos trabalhos da música cristã.
Depois da Cruz é a faixa que abre o disco Acenda a Sua Luz de Aline Barros.
O álbum conta com 13 faixas e foi produzido por Ruben de Sousa.


Clássico - Em todo lugar (Banda Resgate)


Em todo lugar é faixa integrante do disco Resgate (da Banda Resgate) lançado em 1997. Bons tempos do Rock.



terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Histórias e Bicicletas - Oficina G3 (DVD COMPLETO)


Essa dica vai para quem aprecia o bom rock'n'roll. A MK Musik publicou na íntegra o DVD Histórias e Bicicletas da Banda Oficina G3.
Em 2016 a banda anuncio saída da gravadora. foram 17 anos de parceria.
Foi publicado no canal da gravadora: "O DVD HISTÓRIAS e BICICLETAS - O Filme, sem dúvidas, é mais um diferencial na carreira dessa banda que já conquistou sete Discos de Ouro, dois DVDs de Ouro, três indicação ao Grammy Latino - como "Melhor Álbum de Música Cristã em Língua Portuguesa" - e uma vitória (em 2009). 


sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Sobre a Música Fé e Obras - Katsbarnea, Resgate e Oficina G3.


"Quem pode dizer que ama a Deus a quem não vê
Se não pode amar alguém que morre todo dia e todo dia a gente vê". 

Restos de gente nas esquinas, nos faróis
Sob os viadutos, sob todas as pressões
Escombros de vida, morte de sonhos
Fome e miséria até quando vão matar?
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Eis a letra de "Fé e obras". 
Ouvi essa música ainda em época de adolescente, ainda gosto muito dela, do mesmo modo que aprecio as bandas representadas pelos cantores que a entoam: Zé Bruno (Resgate), Manga (Oficina G3) e Brother Simion (Katsbarnea). 
Sempre pensava sobre como foi o momento em que se juntaram e desenrolaram esta obra, afinal não é tão comum ver grandes nomes de bandas se reunindo em canções assim, o máximo é uma pequena participação de uma ou outra em determinado momento, nada mais.
O instinto de pesquisador entrou em ação. Vamos a algumas descobertas.
Primeiro encontrei a faixa num CD coletânea que a Gospel Records Lançou. Mas a história que envolve  a canção remonta a anos antes. 
A música saiu num LP do ano de 1993 chamado Atitude e Solidariedade lançado pela VINDE (Visão Nacional de Evangelização), numa campanha contra a fome e a pobreza encabeçado no meio cristão por Caio Fábio e também pelo sociólogo Herbert de Sousa (Betinho). O disco foi uma junção de vários artistas cristãos com o intuito de reverter a arrecadação a assistência social.
Capa do LP atitude e Solidariedade
Algo mais amplo sobre a obra escrevi em outro artigo que postarei oportunamente.
Falamos com a Banda Resgate sobre aquela proposta e sobre aquele momento, segundo eles:
"O final dos anos 80, quando o Resgate começou o seu trabalho juntamente com outros grupos, havia um clima romântico e, até por que não dizer, inocente, juvenil. Bandas, Rock, evangelismo, amizade...
Desabrochava um misto de comportamento e missão, um pouco diferente do movimento de hoje. Tenho boas recordações daquele tempo. Na época a Gravadora com a qual trabalhávamos nos fez o convite, ficamos felizes de participar.  A Vinde era uma referência no trabalho social e tudo se alinhava com nosso jeito de fazer a coisa. Não tivemos contato com o projeto ou outros grupos que participaram, cada um gravou na sua cidade e todos enviaram suas gravações. Fizemos a música juntos, o Brother, o Manga e eu. Estávamos sempre juntos na igreja e nos eventos, foi tranquilo, saiu rápido". 
Lado 2 - ou B como chamavam à época.
Outro questionamento interessante foi sobre como surgiu a ideia de gravarem juntos (os vocalistas de 3 das mais destacáveis bandas cristãs no momento – Zé Bruno (Resgate), Luciano Manga (Oficina G3) e Brother Simion (Katsbarnea), e nos disseram:
 "Não sei de quem foi a ideia. Como o convite foi feito à gravadora deve ter sido alguém da direção. Toda segunda feira tocávamos juntos, as bandas se revezavam, não foi algo inédito, já acontecia. Acho que a ideia, seja de quem foi, deve ter sido pela amizade que tínhamos, era muito legal".
No que diz respeito a gravação, composição e produção da música “Fé e obras”, complementam que:
"Gravamos no estúdio do Rick Bonadio. As três bandas já tinham feito discos lá. Ele mesmo produziu a faixa. Se eu não me engano foi o Jorge (Resgate), na batera, o Jadão (Katsbarnea) no Baixo, o Giovani (Katsbarnea) no teclado e eu na guitarra. Depois colocamos as vozes. Acho que foi isso".
E complementaram falando sobre a importância da canção para o repertório musical, a Banda Resgate afirma que: "Cantamos algumas vezes juntos. Sempre que as 3 bandas estavam no mesmo evento, a gente tocava. Mas não entrou no repertório das bandas individualmente. Ficou a boa recordação do que fizemos juntos". 

Fé e obras, uma já clássica canção do rock gospel nacional.
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Fiquem à vontade para comentar.
Por Gleison Gomes

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Vídeo: FUGA (Versão Acústica) - Paulo Nazareth ft. Lilian & Layane

Capa do CD "Como diz o outro".
Paulo Nazareth da Crombie publicou o vídeo da música Fuga, faixa de número cinco do mais recente trabalho da Banda - Como diz o outro (2016). 
"Encontro despretencioso que aconteceu antes de uma apresentação no teatro Viradalata, em SP (2016)", frisou Paulo em relação ao vídeo.



quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Novidade: Muitos Quandos (Ano Novo) - Netto ft. Gabriel Guedes, Abel Junho, Bember e Jonathan Nemer


Lançada a 5 dias atrás, "Muitos Quandos" é o primeiro single de Netto. A canção é composição de Thiago Grulha. Juntamente com o cantor, na execução temos Gabriel Guedes, Abel Junho, Bember e Jonathan Nemer. A produção do vídeo foi feita por Paulo César Baruk. 

Vídeo: Não é Mais Segredo - Paulo Nazareth e Marcos Almeida (2016)



O Liturgista e Trovador. Paulo Nazareth e Marcos Almeida. Crombie + Palavrantiga (ainda não voltou). 
Junção categórica, no mais é curtir Não é Mais Segredo.

Vídeo: Estêvão Queiroga - A Partida e o Norte

Estêvão Queiroga e seu disco diálogo número um, foram um dos melhores do ano  de 2016. E que canção esta A Partida e o Norte! Vale conferir.



Sobre a entrevista com os Nazaritos - Comentários


Logo após a entrevista publicada lá no site Supergospel o assunto se espalhou pela web e outros portais de conteúdo musical cristão também repercutiram. A conversa, oportuna, pois haviam muitos questionamentos sobre a história da banda jamais antes respondidas, curiosidades e projetos uma vez que o grupo volta a ativa em 2016. 
Vejamos algo do que mais chamou atenção:
1 - As origens: O apoio dado pela família Barros(Ronaldo e Aline) ao surgimento e desenvolvimento dos trabalhos.
2 - O nome da banda: Baseado no personagem de Chico Anísio - O Nazareno.
3 - O mito do Mamonas Assassinas Gospel: Em todo lugar que se lê em publicações da internet vemos que o grupo se espelhava na banda Mamonas, pelo humor e extravagância. Ficamos sabendo que o cantor cearense Falcão e a Blitz  é que influenciavam no estilo extravagante e teatral. E em termos sonoros ouviam os Paralamas do Sucesso e o Skank .
4 - A mudança de nome: ao sair da gravadora AB Records, apesar de terem criado o nome, A banda teve que trocar de nome uma vez que Ronaldo Barros havia registrado - (e possivelmente não entraram em acordo - crivo nosso). 
5 - A lendária participação no Rock in Rio III: Os Nazaritos e oficina G3 participaram do evento. A oportunidade veio por conta do Ex - Governador Garotinho que tinha afinidade com a banda.
6 - O retorno de Jedi: A banda retorna em 2016, com alguns ex-integrantes e mais alguns - Tony Saz que fez backing vocal no primeiro CD da banda para comandar os teclados e fazer o backing. William Coutt (ex-guitarrista do Grupo Logos) para compor as guitarras junto a Gustavo Legal, e Wesley Castro para bateria, além de  Xandeco, o eterno baixista.
7 - Nova roupagem: doze anos depois, os Nazaritos retornam com um som mais rock, questionador e centrado na ironia e sem a excentricidade de outrora. Lançaram quatro canções, duas regravações, uma lançada solo por Gustavo e uma inédita.
8 - O Emergente: música lançada para esta nova fase, aborda temas atuais referentes ao comportamento de lideranças do meio cristão. Na canção temos episódios como o boicote à loja C&A e que o negro descende de maldição. Gustavo nos adiantou que planeja um clipe para esta canção, vamos aguardar!
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Aos poucos a banda tem disponibilizado seu material para acesso na web, veja no palco Mp3.


 E a página da banda no Facebook: Os Nazaritos
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Por Gleison Gomes

Postagem em destaque

Vídeo: Jefferson Pillar - Lugar de origem

Essa música (e disco) foi uma das melhores coisas da cena musical cristã em 2016. Trago o vídeo desta bela canção.