Foi lançado o clipe oficial da canção "Olhar de longe", escrito e dirigido por Matheus Àvila.
A faixa faz parte do projeto que une Paulo Nazareth (Crombie) e Marcos Almeida, no O Liturgista e o Trovador.
No seu espaço na rede, o Nossa Brasilidade, Marcos Almeida já escreveu sobre a proposta do Projeto:
“Isso e aquilo” não é o mesmo que “isso ou aquilo”. A
segunda ideia é oposição, uma múltipla escolha, a primeira é somatória, é
ampliação: “isso e aquilo” revela a capacidade que temos para
distinguir as coisas e mesmo assim mantê-las integradas.
Gosto de distinguir as coisas no sentido de discernir, não de isolar.
Porque, embora distintas, todas as coisas estarão sempre conectadas.
Isso com aquilo e aquilo com isso.Todos objetos que vemos de alguma
forma tocam o mesmo chão da vida, se encontrando em algum ponto: a
unidade só é possível por que existe comunhão: isso e aquilo, aquilo com
isso, a diversidade se abraçando.
Mas, pode um trovador, cancionista e poeta abraçar um liturgista,
pastor e conselheiro? O primeiro é da rua, dos palcos e janelas. O
segundo ama as capelas, o púlpito e os vitrais. Um pensa a música como
vértice poético comunitário, o outro horizontaliza os versos para tocar
pessoas. O Trovador é só e o Liturgista… também é. Um se realiza no
festejo da rua, o outro na confraria do templo. Deixam de ser sós quando
alguém os ouve. Deixam de ser repartidos quando a rua recebe os irmãos
do templo e quando o templo recebe os foliões da rua. Quando o Trovador
descobre os vitrais e o Liturgista escancara as suas próprias janelas.
Trata-se da busca de romper os limites, abraçando o diferente, sem acepção. Ao outro, deixa-se apenas o vinde sem reservas.
Em sua rede social, a Banda de Rock Katsbarnea anunciou para o próximo dia 31 o lançamento de uma nova canção: A carne e o Sangue. Vamos aguardar, por enquanto temos o teaser.
Assim como o Grammy, O Dove Awards premia os melhores do ano - neste caso de música cristã. Em 2016 chegamos a edição número 47.
Em relação a categoria 42, o videoclipe do ano tivemos como vencedor a banda The Afters com o vídeo da canção Live On Forever.
Na categoria dvd o prêmio foi para a dupla Joey+Rory e seuHymns That Are Important to Us. Veja só uma amostra desta dupla.
Outra premiação relacionada a categoria filme do ano, sendo contemplada a produção dos irmãos Kendrick: Quarto de Guerra.
Como o tempo voa. O grupo Quatro por Um (de Marcus Salles, Emerson pinheiro, Duda Andrade e Valmir Bessa) alçava os primeiros voos em 2002-2003 e trazia aquele que possivelmente é o seu maior hit. Relembre esse momento.
O ano de 2017 já começou a nos mostrar novos trabalhos da música cristã.
Depois da Cruz é a faixa que abre o disco Acenda a Sua Luz deAline Barros.
O álbum conta com 13 faixas e foi produzido por Ruben de Sousa.
Essa dica vai para quem aprecia o bom rock'n'roll. A MK Musik publicou na íntegra o DVD Histórias e Bicicletas da Banda Oficina G3.
Em 2016 a banda anuncio saída da gravadora. foram 17 anos de parceria.
Foi publicado no canal da gravadora: "O DVD HISTÓRIAS e BICICLETAS - O Filme, sem dúvidas, é mais um
diferencial na carreira dessa banda que já conquistou sete Discos de
Ouro, dois DVDs de Ouro, três indicação ao Grammy Latino - como "Melhor
Álbum de Música Cristã em Língua Portuguesa" - e uma vitória (em 2009).
Se não pode amar alguém que morre todo dia e todo dia a gente vê".
Restos de gente nas esquinas, nos faróis
Sob os viadutos, sob todas as pressões
Escombros de vida, morte de sonhos
Fome e miséria até quando vão matar?
_____________
Eis a letra de "Fé e obras".
Ouvi essa música ainda em época de adolescente, ainda gosto muito dela, do mesmo modo que aprecio as bandas representadas pelos cantores que a entoam: Zé Bruno (Resgate), Manga (Oficina G3) e Brother Simion (Katsbarnea).
Sempre pensava sobre como foi o momento em que se juntaram e desenrolaram esta obra, afinal não é tão comum ver grandes nomes de bandas se reunindo em canções assim, o máximo é uma pequena participação de uma ou outra em determinado momento, nada mais.
O instinto de pesquisador entrou em ação. Vamos a algumas descobertas.
Primeiro encontrei a faixa num CD coletânea que a Gospel Records Lançou. Mas a história que envolve a canção remonta a anos antes.
A música saiu num LP do ano de 1993 chamado Atitude e Solidariedade lançado pela VINDE (Visão Nacional de Evangelização), numa campanha contra a fome e a pobreza encabeçado no meio cristão por Caio Fábio e também pelo sociólogo Herbert de Sousa (Betinho). O disco foi uma junção de vários artistas cristãos com o intuito de reverter a arrecadação a assistência social.
Capa do LP atitude e Solidariedade
Algo mais amplo sobre a obra escrevi em outro artigo que postarei oportunamente. Falamos com a Banda Resgate sobre aquela proposta e sobre aquele momento, segundo eles:
"O
final dos anos 80, quando o Resgate começou o seu trabalho juntamente com
outros grupos, havia um clima romântico e, até por que não dizer, inocente,
juvenil. Bandas, Rock, evangelismo, amizade...
Desabrochava um misto de comportamento e missão, um pouco diferente do
movimento de hoje. Tenho boas recordações daquele tempo. Na época a Gravadora
com a qual trabalhávamos nos fez o convite, ficamos felizes de participar. A Vinde era uma referência no trabalho social
e tudo se alinhava com nosso jeito de fazer a coisa. Não tivemos contato com o
projeto ou outros grupos que participaram, cada um gravou na sua cidade e todos
enviaram suas gravações. Fizemos a música juntos, o Brother, o Manga e eu.
Estávamos sempre juntos na igreja e nos eventos, foi tranquilo, saiu rápido".
Lado 2 - ou B como chamavam à época.
Outro questionamento interessante foi sobre como surgiu a ideia de gravarem juntos
(os vocalistas de 3 das mais destacáveis bandas cristãs no momento – Zé Bruno
(Resgate), Luciano Manga (Oficina G3) e Brother Simion (Katsbarnea), e nos disseram:
"Não
sei de quem foi a ideia. Como o convite foi feito à gravadora deve ter sido
alguém da direção. Toda segunda feira tocávamos juntos, as bandas se revezavam,
não foi algo inédito, já acontecia. Acho que a ideia, seja de quem foi, deve
ter sido pela amizade que tínhamos, era muito legal".
No que diz respeito a gravação, composição e produção da música “Fé e obras”, complementam que: "Gravamos
no estúdio do Rick Bonadio. As três bandas já tinham feito discos lá. Ele mesmo
produziu a faixa. Se eu não me engano foi o Jorge (Resgate), na batera, o Jadão
(Katsbarnea) no Baixo, o Giovani (Katsbarnea) no teclado e eu na guitarra.
Depois colocamos as vozes. Acho que foi isso".
E complementaram falando sobre a importância da canção para o repertório musical, a Banda Resgate afirma que: "Cantamos
algumas vezes juntos. Sempre que as 3 bandas estavam no mesmo evento, a gente
tocava. Mas não entrou no repertório das bandas individualmente. Ficou a boa
recordação do que fizemos juntos".
Fé e obras, uma já clássica canção do rock gospel nacional.
Paulo Nazareth da Crombie publicou o vídeo da música Fuga, faixa de número cinco do mais recente trabalho da Banda - Como diz o outro (2016). "Encontro despretencioso que aconteceu antes de uma apresentação no teatro Viradalata, em SP (2016)", frisou Paulo em relação ao vídeo.
Lançada a 5 dias atrás, "Muitos Quandos" é o primeiro single de Netto. A canção é composição de Thiago Grulha. Juntamente com o cantor, na execução temos Gabriel Guedes, Abel Junho, Bember e Jonathan Nemer. A produção do vídeo foi feita por Paulo César Baruk.
O Liturgista e Trovador. Paulo Nazareth e Marcos Almeida. Crombie + Palavrantiga (ainda não voltou). Junção categórica, no mais é curtir Não é Mais Segredo.
Logo após a entrevista publicada lá no site Supergospel o assunto se espalhou pela web e outros portais de conteúdo musical cristão também repercutiram. A conversa, oportuna, pois haviam muitos questionamentos sobre a história da banda jamais antes respondidas, curiosidades e projetos uma vez que o grupo volta a ativa em 2016.
Vejamos algo do que mais chamou atenção:
1 - As origens: O apoio dado pela família Barros(Ronaldo e Aline) ao surgimento e desenvolvimento dos trabalhos.
2 - O nome da banda: Baseado no personagem de Chico Anísio - O Nazareno.
3 - O mito do Mamonas Assassinas Gospel: Em todo lugar que se lê em publicações da internet vemos que o grupo se espelhava na banda Mamonas, pelo humor e extravagância. Ficamos sabendo que o cantor cearense Falcão e a Blitz é que influenciavam no estilo extravagante e teatral. E em termos sonoros ouviam os Paralamas do Sucesso e o Skank .
4 - A mudança de nome: ao sair da gravadora AB Records, apesar de terem criado o nome, A banda teve que trocar de nome uma vez que Ronaldo Barros havia registrado - (e possivelmente não entraram em acordo - crivo nosso). 5 - A lendária participação no Rock in Rio III: Os Nazaritos e oficina G3 participaram do evento. A oportunidade veio por conta do Ex - Governador Garotinho que tinha afinidade com a banda. 6 - O retorno de Jedi: A banda retorna em 2016, com alguns ex-integrantes e mais alguns - Tony Saz que fez backing vocal no primeiro CD da banda para comandar os teclados e fazer o backing. William Coutt (ex-guitarrista do Grupo Logos) para compor as guitarras junto a Gustavo Legal, e Wesley Castro para bateria, além de Xandeco, o eterno baixista. 7 - Nova roupagem: doze anos depois, os Nazaritos retornam com um som mais rock, questionador e centrado na ironia e sem a excentricidade de outrora. Lançaram quatro canções, duas regravações, uma lançada solo por Gustavo e uma inédita. 8 - O Emergente: música lançada para esta nova fase, aborda temas atuais referentes ao comportamento de lideranças do meio cristão. Na canção temos episódios como o boicote à loja C&A e que o negro descende de maldição. Gustavo nos adiantou que planeja um clipe para esta canção, vamos aguardar! ______________ Aos poucos a banda tem disponibilizado seu material para acesso na web, veja no palco Mp3.
Mês passado tive a oportunidade de conversar com Gustavo Legal (vocal e guitarra) da Banda de rock Os Nazaritos. Foi uma conversa leve, resgatando um pouco da história de um grupo marcado pelo humor e descontração. A entrevista também foi publicada no site Supergospel.
Vejamos:
______________
Como os integrantes se conheceram e depois como surgiu a ideia de se formar a banda?
Gustavo Legal - O quarteto inicial foi: Gustavo Legal, Xandeco Andrade,
John Snake e Dudú Besourão. Eu queria montar uma banda que fosse
totalmente diferente do que rolava no gospel, mas quando fazia a
proposta para alguém, ninguém compreendia e tinham medo de fazer o que
(eu) queria fazer... foi quando eu chamei esses caras e eles toparam na
hora...isso foi em 1998. Éramos de igrejas diferentes, mas todos se
conheciam, pois vivíamos na mesma cidade: Itaguaí, no Rio de Janeiro.
Mas quem nos ajudou a ter essa “cara” foi o Ronaldo Barros (pai da Aline
Barros) que na época era presidente da gravadora AB Records. Ele
acreditou no projeto. Somos muito gratos a ele.
E o nome “Os nazarenos”, de quem foi a ideia? Qual a proposta?
Foi minha, queria um nome brega! (risos),
aí lembrei do personagem do Chico Anísio: Nazareno! Rimos muito!!! Não
queríamos um nome comercial, queríamos chocar... (risos) queria algo sem
critério...
Fala-se muito de semelhanças de
vocês com o grupo Mamonas Assassinas, em termos de humor, molecagem (no
sentido das brincadeiras) e uso de roupas extravagantes. Neste sentido,
quais as influências de vocês na época?
Nossa influência na época era o cantor cearense Falcão e a Blitz no
estilo extravagante e teatral. Os Paralamas e o Skank era o que a gente
ouvia muito. Os Mamonas foi coisa do Ronaldo [Barros] (risos).
O Ronaldo foi o incentivador e
acabaram lançando o primeiro trabalho, Curtindo o Maior Barato (1999),
pela gravadora dele, a AB Records. Quais as memórias dos primeiros shows? E qual foi a repercussão do trabalho em geral?
Os primeiros shows foram muito estranhos...(risos). As pessoas não
estavam acostumadas a ver aquele tipo de apresentação e a gente também
não. Era comum a gente chegar na igreja e metade ir embora durante a
apresentação. Foi muito difícil no início, mas depois que começamos a
tocar na Melodia e nas principais rádios das capitais, aí as coisas
começaram a melhorar. Sermos amadrinhados pela Aline também ajudou
muito! Quando ouvimos a música estourando na rádio ("Jesus é Demais"
ficou em primeiro lugar durante 6 meses) ficávamos emocionados...era
tudo muito romântico!
Capa do primeiro cd da banda
Em 2001, vocês mudaram o nome da banda de “Os Nazarenos” para “Os Nazaritos”. Por qual motivo?
2001 foi um ano de transição pra banda. Foi o ano que tocamos no Rock in
Rio, saímos da AB Records, alguns integrantes saíram... Mudamos de nome
porque o nome Nazarenos pertencia ao Ronaldo Barros (apesar de eu ter
escolhido o nome), pois foi ele quem registrou o nome. Quando saímos da
gravadora tivemos que abrir mão do nome e escolhemos um nome que fosse
semelhante. Daí veio o nome Os Nazaritos. Daí fomos para a TOP Gospel.
Lançamos um CD mais ousado e agora com um novo nome. Na época tivemos
muitas dificuldades pois surgiu um boato que os nazarenos tinha acabado e
surgiu uma banda “genérica” chamada os Nazaritos...(risos).
Muitos contratantes de shows ficaram
chateados e não queriam contratar o genérico! Perdemos muitos trabalhos
infelizmente. Mas, apesar dos boatos, vendemos mais de cinquenta mil
cópias.
E o primeiro CD, vocês tem número de vendagens? No segundo projeto, quais foram as mudanças em relação aos integrantes da banda?
Do primeiro CD chegamos a mais de oitenta
mil cópias (segundo o relatório que era passado para nós). Não sei
precisamente os números de hoje. Da primeira formação saíram o John
Snake e Dudú Besourão. E entraram o Dennis Goodyou e o Sandrinho Drodró.
Mas o Dennis saiu antes de lançarmos o segundo CD ficando somente eu,
Xandeco e o Sandrinho.
Segundo trabalho da banda - O barato continua
Como aconteceu a participação no
Rock in Rio acerca da recepção do público, o show... o que representou
para vocês? Interessante que vocês e a Oficina G3 estiveram por lá.
Na época o Garotinho era governador do Rio e o conhecemos em um dos
shows da Rádio Melodia. Ele gostava muito da banda e invadia nossos
shows para cantar com a gente (risos) Um dia eu dei a “ideia” de
tocarmos no Rock in Rio e ele topou na hora e fomos conversar com o
Medina que achou o maior barato. Foi assim que conseguimos tocar no
festival. Eu nunca vi tanto profissionalismo num evento! Fomos tratados
com muita dignidade...foi como se fôssemos uma banda internacional! O
respeito, o carinho a dedicação da equipe, tudo era incrível! O público
nos recebeu com muita empolgação. Eram cerca de 45 mil pessoas
assistindo a gente....foi incrível! Tô rindo muito aqui relembrando, a
gente era muito doido.
Apresentação no Rock in Rio III
Ainda nessa dos shows e apresentações, vocês rodaram o Brasil todo certamente. Quais os eventos que mais marcaram?
Os Nazaritos: Além do Rock In Rio, o Louvor Norte no Pará e no Encontrão
Jovem em Santa Catarina são os que a gente tem mais carinho. Fizemos
shows em muitos lugares legais, mas esses três foram os mais especiais! O
lugar que queríamos tocar já tocamos que foi o Rock In Rio... seria uma
honra tocar no Lollapalooza!
Os Nazaritos no Louvor Norte
A Top Gospel adotou uma postura de
mercado interessante. Enquanto a maioria das gravadoras vendiam CDs com
média de preço de 15 a 16 reais, ela adotou uma postura de cobrar
6,90R$. Inclusive o CD dos Nazaritos saia a 9,90R$. Comente sobre essa
prática, na época surtiu o efeito desejado? Você acredita que é
interessante para o combate a pirataria?
Na época em que a Top Gospel começou a
vender os CDs a R$ 6,90 achei fantástico. Deu muito resultado. A
gravadora mostrou que era possível vender mais barato e todo mundo sair
ganhando. Eu lembro que ela entrou em contato com todos os artistas,
distribuidores, vendedores, funcionários, lojistas... todos pensavam no
consumidor final. Foi uma época de muita produtividade. Com certeza
prejudicou muito a indústria da pirataria na época. Mas houve um boicote
das outras gravadoras e a Top teve que voltar a vender no preço normal
de mercado.
Em 2004, vocês lançaram Emannuel
tá na Área. Conte como foi esse projeto, a produção, esse foi sem
gravadora? E novamente houve alteração em relação aos integrantes?
Lançamos Emanuel tá na Área numa época que estávamos cansados desse
mundo gospel! Foi uma tentativa de recuperar o prazer que tínhamos
perdido em tocar! Mas não adiantou. Acabamos dando um tempo (que durou
12 anos). O último CD não teve repercussão pois a gente parou logo
depois do lançamento!
Emanuel tá na área, último trabalho lançando antes da parada técnica.
Mas há algumas faixas interessantes, como "Jacozinho", "Retiro" e etc. E a ideia de pôr karaokê no álbum?
Nossas canções eram canções que a galera gostava de cantar em retiros ou
em festas... e nós pensamos em fazer algo diferenciado do playback,
algo mais interativo. Algo que fosse mais criativo e divertido.
"Jacozinho" e "Retiro" foram pérolas que eu já tinha feito, mas que não
gravamos por falta de espaço nos outros CDs (risos).
Fale-nos sobre a história de canções como "Naná", "Se eu Fosse um Jamaicano", a abertura "A Voz de Itaguaí e "João do Feijão".
Essa não (risos)! Macacos me mordam! Vou contar. Tô me divertindo muito,
pois há muito tempo eu não faço essa viagem (risos). "Naná" foi uma
música que homenageamos os cantores de banheiro... (risos)...sério!
Geralmente quando a gente canta no
banheiro esquecemos a letra e substituímos por Naná, pode reparar! "Se
eu Fosse Jamaicano" foi uma homenagem ao um amigo nosso que é fanho
(risos)... não vou dar o nome dele aqui pois quando ele ler essa
entrevista ele vai querer gravar um CD e ainda vai me forçar a
produzi-lo...(risos). "A Voz de Itaguaí" era um grande amigo chamado
Filé... pensa num cara magro! (risos)...e "João do Feijão" foi uma
homenagem aos meus pais. As músicas da banda sempre homenageavam alguém e
isso era um barato! Foi assim também com o "Rei Jesus" e "Fico Feliz". E
eu sempre procurava imitar meus homenageados...(risos)... era muito
divertido!
E sobre os 12 anos de "parada técnica" da banda, o que fizeste durante este tempo?
Durante esse tempo eu trabalhei na área de
publicidade e me dediquei ao ministério pastoral. Trabalhei oito anos
na Melodia e na Top Gospel.
Como foi a motivação para a volta com a banda em 2016? Qual é a nova formação e os integrantes?
Voltamos com a intenção de nos divertir. De regatarmos o prazer de
tocarmos juntos e de rever o público que curtia nossas músicas. Minha
vontade era juntar a primeira formação, mas não foi possível, então,
convidei o Tony Saz que fez backing vocal no primeiro CD da banda para
comandar os teclados e fazer o backing. Convidei o William Coutt
(ex-guitarrista do Grupo Logos) para compor as guitarras comigo, o
Wesley Castro pra bateria. Claro, não podia ficar de fora nosso o
Xandeco, nosso eterno baixista.
Vocês já tem algumas canções
novas. Em termos comportamentais, letra e ritmo, há a presença de um
humor mais lapidado, mais irônico. É essa a ideia daqui para frente?
É isso mesmo. A comédia pastelão deu lugar a um humor mais irônico,
sarcástico... isso tá muito implícito na música "O Emergente". Essa
música vai dar o que falar pois ela é uma resposta a muita besteira que
rola no universo gospel, dessas lideranças proféticas antiéticas! Então a
ideia é falar o que a gente pensa fazendo comédia com essa turma sem
noção que hoje é referência de adoração no Brasil. Não temos nada a
perder!
Vamos de C&A então né?
(Risos) Mandar fechar a C&A quando se compra na Louis Vuitton é mole...
Acerca das novas canções, como
serão distribuídas? Há alguma conversa com gravadoras, ou a ideia é
seguir independente? Além das 4, já estão com mais munição pronta por
aí? (quais os planos?)
Tem mais músicas vindo por aí. O que não está faltando é inspiração e
motivos (risos). Vamos disponibilizar essas canções no Spotify,
YouTube... Mas também faremos um EP pra vender nos eventos. A intenção é
disponibilizar gratuitamente nas mídias sociais. No momento não estamos
pensando em gravadora. O que queremos agora é levar nossa música Brasil
a fora! E vamos fazer isso de forma independente e despretensiosa, pois
temos muitos amigos que produzem shows, que são donos de rádio e TV, e
que estão eufóricos com o nosso retorno! A maioria deles era fã da banda
e temos essa vantagem (risos).
Filosoficamente, como percebem a relação humor, evangelho e música?
Eu vejo o humor como uma forma inteligente de levar alegria. A música
mexe com as emoções e o evangelho com a consciência. Unindo esses
ingredientes tornamos a mensagem ainda mais rica e poderosa. Pois ela
chega com mais leveza e toca a alma dos cansados. Todas essas formas são
compatíveis ao Evangelho de Cristo.
E, se na época do surgimento da
banda as influências eram Paralamas e Skank, atualmente o que você tem
escutado e quais suas influências?
Hoje cada um tem suas influências. Quando a gente se reúne as coisas
saem de forma natural. Claro, todos são roqueiros. Mas hoje eu escuto o
que os meus filhos ouvem, como Foo Fighters, Paramore... Mas eu escuto
mesmo Legião Urbana e O Rappa. Ouço direto!
Deixe uma mensagem para nossos leitores.
Eu sempre fui fã do Super Gospel e hoje me
sinto honrado por conceder essa entrevista. Desejo a todos os leitores
do site um feliz natal e muitas realizações em 2017. Orem por nós para
que não percamos o foco que é fazer as pessoas sorrirem... pois um
sorriso faz falta nesse mundo perdido! Um superbeijo a todos!
Trago mais uma análise das antigas (nem tanto assim hehe) mais especificamente do ano de 2010, faz parte das que estão no site Supergospel e esta também foi para o Gospel Prime. Vejamos.
_________________ Análise de CD - Um Por Todos (Ao Cubo - 2010)
Rhythm and poety, é destas palavras de origem inglesa, que significam
“ritmo e poesia”, que vem o tão famoso estilo musical que denominamos
Rap.
De modo simplório, no Rap encontramos nas letras das músicas, a
marcante presença das rimas, a sonoridade é variada, mas basicamente
composta por “batidas” e o scratch (som alcançado com o atrito da agulha
do toca-discos no disco de vinil), dentre outros efeitos. O conteúdo
de suas letras versa sobre diversos temas (política, experiências de
vida, violência e outros mais) com uma linguagem que mescla, desde
palavras eruditas às coloquiais (a maioria) de uso corriqueiro, como as
gírias.
O Rap Gospel, como chama-se o estilo cujos grupos tem por objetivo
compartilhar do evangelho de Cristo, pode-se dizer que é um movimento
recente no Brasil, mas muitos grupos têm se destacado por seu testemunho
e qualidade musical. Um destes, de origem paulista, chama-se Ao Cubo
(nome este em referência à Trindade – Deus, Jesus e Espírito Santo), e é
formado pelo quarteto: Cléber, Fjay, Feijão e Dona Kelly.
Em 2010 lançaram um disco intitulado Um por todos, pela
gravadora Graça Music. Este é o quarto álbum do grupo, os outros foram o
“Respire Fundo” (2004), que ganhou versão ao vivo, o “Respire Fundo
Acústico” (2005) e o disco “Entre o Desespero e a Esperança” (2007).
Em Um por todos, percebe-se outra das características do
estilo: a presença de participações especiais de cantores convidados.
Das 12 músicas que compõem o disco, pelo menos em 8 delas, têm-se essas
parcerias, o que enriquece esse trabalho. Vamos agora, verificar o
conteúdo das músicas.
Começamos pela canção chamada Proibido chorar, nela, logo de inicio, o Ao Cubo contesta algumas informações que frequentemente
ouve-se pelos meios de comunicação: que os jovens são grandes causadores
de crimes e da violência. O Grupo nos mostra que a contrário disto, na
verdade os jovens são as maiores vítimas do sistema excludente. No
refrão, que fica por conta de André Valadão, ouve-se um verdadeiro
clamor: “Socorro me ajuda, por favor me ajuda, se tiver alguém ai com
fé, não consigo mais ficar de pé”!.
A faixa dois intitula-se Respeito é a chave, e aborda a
questão da importância de se saber conviver com as pessoas, dos mais
variados tipos, pautando-se no respeito às posturas de vida escolhidas
por cada um, e dizem que, afinal “cada um faz da vida o que quiser,
independente do que pensa ou de sua fé, respeito é a chave só não pode
dar a pé, a toda a quebrada é assim que é”.
A seguir temos Terra. Nesta faixa ficou bem legal a soma de
Zeider (do Planta e Raiz) com o seu reggae, mais as batidas do rap do
Ao cubo, eles levantam a “bandeira do meio ambiente”, na tentativa de
conscientizar as pessoas, e em um trecho dizem “ouço um alarme, é um
ronco à humanidade, nosso clima não combina, mais que fatalidade, é o
nosso patrimônio será que falta neurônio?, o sol tá bem mais quente sem
camada de ozônio, olha o céu todo cinza, não é chuva e nem brisa, é a
fumaça do busão que traz asma e coriza”.
Em Filhos (que é uma das musicas de trabalho, executada nas
rádios, e dela foi feito o vídeo) encontramos forte saudosismo causado
pela separação dos pais. Lamenta-se principalmente a ausência do pai que
foi embora, mas diz “sonhei, nunca faz mal sonhar, busquei alguém pra
me espelhar, achei, em Deus um pai, meu Rei, meu respirar”.
A seguir vem Vale ouro, (depoimentos) onde André Santos
(jogador do Fenerbahce-Turquia) e Serginho (Seleção Brasileira de Vôlei)
contam suas experiências de vida, que foram cheia de dificuldades,
lutas, e o quanto tiveram empenho, humildade e perseverança para vencer
na vida.
A trilha seis, Nasci pra vencer, continua o tema da faixa
anterior do disco, assim “eu nasci pra vencer, eu nasci pra ganhar, não
aceito perder, agora eu vim pra buscar”(…) e diz “chega mais, tudo em
paz, tudo nosso, o verbo que fortalece diz pra mim que eu tudo posso(…)
vem na fé né, e seja o que Deus quiser”.
Na sequência vem a faixa Põe na conta. Ela traz uma critica
bem humorada ao capitalismo selvagem, responsável por gerar os “
consumistas”, em certa parte da letra , um garoto fala: “ô mãe compra
pra mim, que eu prometo ser o melhor filho!”, mas a mãe responde: “mas
eu só tenho você!”. Afinal “quem é que não conhece alguém assim, viciado
em comprar, e gastar diz pra mim, comprar no shopping, gastar o
din-din, estourar o cartão até o fim!”.
Amanheceu versa sobre a nossa vida. Nela Danilo Oliveira
canta “o céu clareou, mas um dia amanheceu, sou agradecido pela vida que
me deu! Ser feliz e ficar bem, tem que sonhar e agir também, e viver em
paz!”.
Não Acabou tem seu refrão cantado por Soraya Morais: “não
acabou, não é o fim…há esperança em meu coração, de que Deus tá me
olhando e luta por mim!”. A letra desta música fala sobre a perseverança
e a confiança em Deus, pois “eu sei que cuida dos pardais, e de todos
animais, pro coração aflito num imagina o que num faz, ò Deus conhece os
seus verdadeiros, aliás, se ainda não me deu, tem os segundos finais,
tem os sinais de transformação, pela sua compaixão, seu favor me abraça,
é de graça e sem razão”.
Em Um por todos, que titulai o álbum, temos boas
participações (como GOG, Pregador Luo) e o seu refrão versa “olha pra
nós, toda comunidade pobre, os mano e as mina da quebrada, precisa de
ajuda mais que nada”.
A seguir, em Livre arbítrio, Dexter faz uma rima espontânea,
falando de liberdade. Em certo trecho muito interessante ele fala “eu
sou livre pra não cair dentro desta chama, sou livre por não odiar, e
amar quem me ama, é muito bom ter força pra quebrar a corrente, não
força do braço, mas sim força da mente”.
Fechando o repertório, temos Alforria, com a participação de
Netinho de Paula com o seu “swing”. Continua-se a falar da liberdade,
“sou livre pra viver, livre pra sonhar, deixa eu cantar, deixa eu ser
feliz, eu sou livre pra voar, fazer o que eu sempre quis”.
Pois bem, Um por todos é mais um belo trabalho do “Ao Cubo”,
que consolida-se pelo testemunho de vida de seus integrantes, letras com
rimas muito bem “boladas” e um forte engajamento político/social. Tudo
isso, sem esquecer de louvar a Deus, que é o Um, o Um que é por todos.
Com direção o próprio Kivitz e Matheus Granja, fotografia de André Fridman e André Soler
e com edição e cor por Eric Ruiz Garcia, temos o vídeo da música "Contra Contradição" com a participação de Clovis Pinho.
"Pai, devolva nossos olhos de criança!
Em dias que até a esperança esvai
A nossa casa cai, a tentação atrai
O coração dá a direção pra onde o corpo não vai
Se o samba morreu não adianta
Bater esse pandeiro porque só meu desespero canta
Ainda, enquanto a fé não finda
E Tua graça vai mantendo a criação caída
Brinda, a desistência nessa festa
Essa fatal experiência
Onde implorar misericórdia é o que nos resta (...)